O crash na Bolsa de Valores de Nova York,
em outubro de 1929, provocou uma crise sentida em todo o planeta e também no
Brasil. Uma nuvem de fumaça gigantesca, que vinha de uma enorme fogueira,
pairava sobre a cidade de Santos, no Litoral de São Paulo, por onde escoava boa
parte das exportações do café brasileiro. Acesa durante as festas juninas, a
fogueira duraria até o fim do ano – mas tinha pouco a ver com a comemoração de
São João. Ela fora iniciada para queimar os estoques de café, então responsável
por 70% das exportações brasileiras, que se acumularam com a retração do
mercado externo. Enquanto o fogo durou, consumiu milhões de sacas.
O café era queimado a mando do governo de
Getúlio Vargas para tentar reduzir o impacto negativo da crise no Brasil, então
responsável por 60% das vendas mundiais do produto. As exportações, que
atingiram US$ 445 milhões em 1929, caíram para US$ 180 milhões em 1930. Segundo
a Bolsa de Café de Santos, a cotação da saca no mercado internacional – 200
mil-réis em agosto de 1929 – caíra quase 90%, para 21 mil-réis, em janeiro de
1930. Nas fazendas cafeicultoras, concentradas no interior paulista e no
Paraná, muitos resolveram seguir o mesmo caminho e queimaram o café colhido.
Todos os elos envolvidos na
cadeia de produção do café brasileiro – fazendeiros, comerciantes, banqueiros e
trabalhadores rurais (a maior parte imigrantes) – foram atingidos pela crise.
Muitos produtores foram à bancarrota. O desemprego no campo se multiplicou,
estimulando um movimento migratório para as cidades, em especial para São
Paulo. Como se veria depois, o que acontecia naquele momento era apenas o
início de um profundo processo de mudanças que se prolongaria até o fim dos
anos 30, às vésperas da Segunda Guerra Mundial.
Como se
tudo isso não fosse suficiente, crescia a concorrência internacional – em
particular da Colômbia – ao café brasileiro. Os principais países consumidores,
como Estados Unidos, França, Itália, Holanda e Alemanha, que compravam 80% da
produção brasileira, passaram a diversificar seus fornecedores. Havia a
percepção de que, no Brasil, misturavam-se ao café todos os tipos de impurezas,
como pedras, terra e gravetos, para aumentar o peso das sacas. Também se
acusavam os produtores nacionais de incluir café de baixa qualidade nas sacas
para aumentar o lucro. Quando a crise internacional chegou ao Brasil, ela
representou apenas o golpe final para que o sistema econômico da República
Velha, centrado na monocultura do café, entrasse em colapso.
Queima do café em Santos (após o crash da Bolsa de Valores em 1929)
TEXTO PARA OS ALUNOS DO TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO - ler o texto e postem suas considerações, principalmente após fazer o trabalho para ser entregue ao professor.
Neste período,a quebra da bolsa de valores prejudicou o Brasil por conta do café que era exportado aos EUA,desta forma os fazendeiros, trabalhadores rurais, comerciantes etc, foram afetados, e a situação do Brasil nao ficou muito boa, até mesmo por conta de que os países que faziam negócios com o Brasil começaram a diversificar seus fornecedores.
ResponderExcluirRudson da Silva Teixeira n°34 3°ano"A"
Muito bom Rudson, continue se aprimorando e querendo saber mais sobre tudo que acontece na História, como esta do Crash nos EUA e a consequência para nosso café.
ExcluirForam mais de 70 milhoes de sacos de café queimados, 10 milhões de desempregados um gasto de quase 100 BILHÕES, realmente uma grande Crise Brasileira, é uma jogada do Governo Brasileiro inespricavel já que a Exportação de Café no Brasil era a principal exonomia uns 70% ...
ResponderExcluirAluno João Victor Polatto
Escola: Antônio Fernandes
3• ano
Maravilha João Victor, continue se aprimorando e querendo saber mais sobre tudo que acontece na História, como este estudo sobre consequência da queda da bolsa de valores e café brasileiros.
ExcluirA quebra na bolsa de valores nesse período acabou prejudicando o mundo assim como o Brasil. Milhões de sacas de café foram queimadas em uma jogada do governo de Getúlio Vargas, com intenção de tentar reduzir o impacto negativo da crise no Brasil. Como o país passava por essa grande crise, todos os envolvidos na área do café acabaram tendo que sair do campo e tentarem algo nas cidades. Além dessa grande crise com as exportações, crescia a concorrência internacional, aonde as grandes exportações brasileiras para outros países, com média de aproximadamente 80% da produção de café brasileira acabou sendo diversificada pelos países importadores, algo que acabou de vez com o sistema econômico da República Velha.
ResponderExcluirEscola Estadual Antônio Fernandes
Aluno: Marlon Marques Garcia N°28
Série: 3ºA
Fantástico Marlon, continue tendo essa vontade de buscar o aprimoramento em História, como as consequências da queda da bolsa de valores e sua implicação para o café brasileiro.
ExcluirEram tempos onde os Estados unidos vivia seu auge da prosperidade, pois após a segunda guerra sua economia era a mais poderosa, e após a queda da bolsa de valores , a crise do capitalismo afetou muitos países , até mesmo o Brasil, que vendia café para o Estados unidos e agora não teria mais comprador, desta forma a economia do Brasil também foi abalada.
ResponderExcluirEscola Estadual Antônio Fernandes
Aluno: Matheus Monteiro N°29 "3°A"
Que bom Matheus saber que busca aprimorar-se nos estudos da História, espero que tenha se aprofundado mais sobre as consequências da queda da bolsa de valores e sua implicação para o café brasileiro.
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