ESCOLA
MUNICIPAL MARECHAL RONDON
EJA – 3º
FASE A/B –
ALUNO (A)
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A DESAGREGAÇÃO DO IMPÉRIO ROMANO[1]
A
partir do século III, começou uma crise prolongada no Império Romano, motivada
por fatores internos e externos, desorganizou o Império e contribuiu para
desagregação (separação).
Internamente,
a raiz da crise estava nos gastos crescentes do Império para conservar as províncias,
pagar funcionários e manter soldados em toda a sua extensa fronteira. Para
cobrir esses gastos, os imperadores romanos aumentavam os impostos sobre a
população e desvalorizavam a moeda. Como na época não havia dinheiro em papel,
diminuía-se a quantidade de metal (ouro ou prata) em cada moeda. Assim, o
governo romano economizava metal, mas o dinheiro de cada pessoa passava a valer
menos, os preços subiam e não se encontrava mais trabalho nas cidades. Com
isso, seus habitantes passaram a ter dificuldades para sobreviver.
Além
disso, ocorreu também um aumento da insegurança nas cidades romanas, devido à
pressão dos germanos nas fronteiras do Império. Empobrecidos pela crise
econômica e com medo dos germanos, muitos moradores de cidades se mudaram para
o campo em busca de abrigo e trabalho.
As
cidades se esvaziaram e a Europa viveu um processo de ruralização. Como no
campo as terras cultiváveis estavam nas mãos dos grandes proprietários, os pobres
que para lá foram passaram a trabalhar para eles na condição de colonos. O
colono era um trabalhador que cultivava um pedaço de terra do proprietário e,
em troca, entregava a ele uma parte da colheita como pagamento pelo uso da
terra. A essa relação de trabalho dá-se o nome colonato.
Em busca de soluções para a crise
A
crise econômica enfraqueceu o governo imperial, que, por vezes, ficava sem
pagar seus soldados ou atrasava seus salários. Aproveitando-se dessa situação,
generais ambiciosos nascidos nas províncias romanas marchavam sobre Roma com
seus soldados e tomavam o poder à força. Nesse tempo, o assassinato de
imperadores tornou-se um fato comum e a anarquia militar tomou conta do
Império.
Alguns
imperadores, no entanto, buscaram soluções para a crise. Um deles, de nome
Diocleciano, criou, em 285, a tetrarquia, um modelo de governo de quatro
imperadores, cada um responsável por uma grande região do Império. Essa reforma
surtiu efeito, mas, assim que Diocleciano deixou o poder por motivo de doença,
os generais do Exército voltaram a disputar o cargo de imperador.
Outro
imperador que buscou soluções para a crise foi Constantino. Além de combater os
germanos com eficiência, por motivo de segurança, ele mudou a capital do
Império para Bizâncio, cidade que, em sua homenagem, passou a se chamar
Constantinopla.
Outra
tentativa de solucionar a crise e facilitar a administração foi feita por
Teodósio. Em 395, ele dividiu o território romano em duas partes: Império
Romano do Ocidente, com capital em Roma, e Império Romano do Oriente, com
capital em Constantinopla.
No
entanto, essas soluções não conseguiram impedir a chegadas dos germanos ao
Império, estes ao longo do tempo acabaram dominando o Império, em 476,
dominaram Roma, quando chegou ao fim o Império Romano do Ocidente (mas, em
outra aula, explicaremos com mais detalhes a tomada de Roma).
[1]
Texto do livro de Alfredo Boulos, História Sociedade & Cidadania,
vol. 6. FTD, São Paulo, 2018 (páginas 183/185).
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