terça-feira, 20 de outubro de 2020

O CRISTIANISMO NO IMPÉRIO ROMANO E SUA ASCENSÃO

 

EMEF MARECHAL RONDON

HISTÓRIA – EJA 3ª FASE – PROF. CIRO – 4º BIM – 2020

 

CRISTIANISMO DENTRO DO IMPÉRIO ROMANO E SUA ASCENSÃO[1]

 

A partir do século III, o Império Romano entrou em crise e muitos romanos empobrecidos não seguiram a religião oficial e o culto ao imperador já não traziam conforto espiritual e passaram a seguir outra religião. Foi justamente nesta época que o cristianismo se expandiu e se consolidou.

Para isso, contribuíram os ensinamentos de Jesus. Segundo o Novo Testamento, Jesus, filho de Maria e José, nasceu em Belém, lugarejo próximo a Jerusalém, na Judeia, que, na época, era uma província do Império Romano, sob o governo de Otávio Augusto. Aos 30 anos, o messias esperado, Jesus começou a percorrer as aldeias e cidades da Judeia pregando o amor ao próximo, humildade e igualdade entre as pessoas, e promete aos justos o paraíso. Assim, muitas pessoas passam a seguir Jesus.

Em suas pregações, Jesus pregava: adoração a um só Deus (era o oposto em adorar vários deuses romanos); afirmava ser o messias que traria a felicidade eterna a quem merecesse; se opunha à violência e prometia a vida eterna. Por isso e pela falsa acusação de que diziam que era rei dos judeus e de pregar contra as autoridades, Jesus foi condenado à morte na cruz pelos romanos. Após sua morte, os apóstolos, com destaque para Paulo e Pedro, passaram a transmitir seus ensinamentos aos povos do Império, já que a proposta cristã era de uma religião universal.

Mas, quem eram os apóstolos? Eram seguidores que haviam conhecido Jesus, começaram a pregar espalhando a crença na vinda ao mundo do salvador e de uma Boa Nova, “Evangelho”, em grego, e começaram a converter outros judeus, em particular, os que falavam o grego, pois estes estavam mais abertos às influências de novas crenças.

E, foi desta forma que o cristianismo começou a expandir-se para além dos “pobres” que compunham a comunidade de Jerusalém e o apóstolo Paulo, o principal deles, influenciou a pregação do Evangelho para todos os homens, não apenas para os judeus, como tinha sido nos primeiros anos após a morte de Jesus.

Por mais de vinte anos, Paulo viajou e pregou, pelo Mediterrâneo Oriental, até ser preso em 58 d.C. Como Paulo tinha a cidadania romana, em 60 d.C. pediu para ser julgado em Roma.

 Com a promessa de um mundo melhor, animado pelas pregações dos apóstolos, a exemplo de Paulo, e por obras de caridade, o cristianismo começou a se expandir entre diferentes grupos sociais e povos e regiões ao redor de todo o Mar Mediterrâneo.

Por que tantas pessoas pobres se convertiam ao cristianismo? Os pobres buscavam na religião de Jesus a esperança de conseguir o paraíso. Para eles, que formavam a maioria dos primeiros cristãos, o imperador era o anti-Cristo, e Jesus era a salvação; a felicidade eterna em outra vida.

 

A PERSEGUIÇÃO DOS CRISTÃOS

 

A perseguição aos cristãos teve seu começo devido ao grande crescimento do cristianismo e sua expansão, desta forma as autoridades romanas passaram a persegui-lo. A perseguição aos cristãos aconteceu por mais de dois séculos e incluiu: a) execuções públicas e crucificações; b) exposição a feras famintas para serem devorados; c) destruição de suas igrejas.

Resistindo à perseguição romana, os cristãos reuniam-se nas catacumbas, galerias subterrâneas onde oravam e sepultavam seus mortos. Apesar de perseguido pelo governo romano, o cristianismo (com sua crença na vida pós-morte) continuou atraindo pobres, remediados, ricos, homens, mulheres e, até mesmo, as autoridades romanas. E, com a crise do século III, o cristianismo se consolidou como uma religião com grande número de seguidores por todo o império.

Inicialmente, os imperadores alarmados intensificaram as perseguições aos cristãos. Posteriormente, perceberam que era melhor aliarem-se a eles, a fim de conservar seu poder. Em 313, o imperador Constantino concedeu liberdade de culto aos cristãos, por meio do Édito de Milão e, antes de morrer, resolveu batizar-se.

A consagração do cristianismo deu-se no governo de Teodósio, que, em 380, transformou o cristianismo em religião oficial do Império Romano. Nascido entre os pobres, o cristianismo passava a ser agora uma das colunas de sustentação do Estado romano, que passou a ser chamado de Império Romano Cristão.



[1] Cf BOULOS, Alfredo. História sociedade e cidadania, vol 6. São Paulo: FTD, 2018. P.186/188

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