EMEF MARECHAL
RONDON
HISTÓRIA – EJA 3ª
FASE – PROF. CIRO – 4º BIM – 2020
CRISTIANISMO
DENTRO DO IMPÉRIO ROMANO E SUA ASCENSÃO[1]
A
partir do século III, o Império Romano entrou em crise e muitos romanos
empobrecidos não seguiram a religião oficial e o culto ao imperador já não traziam
conforto espiritual e passaram a seguir outra religião. Foi justamente nesta
época que o cristianismo se expandiu e se consolidou.
Para
isso, contribuíram os ensinamentos de Jesus. Segundo o Novo Testamento, Jesus,
filho de Maria e José, nasceu em Belém, lugarejo próximo a Jerusalém, na
Judeia, que, na época, era uma província do Império Romano, sob o governo de
Otávio Augusto. Aos 30 anos, o messias esperado, Jesus começou a percorrer as
aldeias e cidades da Judeia pregando o amor ao próximo, humildade e igualdade
entre as pessoas, e promete aos justos o paraíso. Assim, muitas pessoas passam
a seguir Jesus.
Em
suas pregações, Jesus pregava: adoração a um só Deus (era o oposto em adorar vários
deuses romanos); afirmava ser o messias que traria a felicidade eterna a quem
merecesse; se opunha à violência e prometia a vida eterna. Por isso e pela falsa
acusação de que diziam que era rei dos judeus e de pregar contra as
autoridades, Jesus foi condenado à morte na cruz pelos romanos. Após sua morte,
os apóstolos, com destaque para Paulo e Pedro, passaram a transmitir seus
ensinamentos aos povos do Império, já que a proposta cristã era de uma religião
universal.
Mas,
quem eram os apóstolos? Eram seguidores que haviam conhecido Jesus, começaram a
pregar espalhando a crença na vinda ao mundo do salvador e de uma Boa Nova,
“Evangelho”, em grego, e começaram a converter outros judeus, em particular, os
que falavam o grego, pois estes estavam mais abertos às influências de novas
crenças.
E,
foi desta forma que o cristianismo começou a expandir-se para além dos “pobres”
que compunham a comunidade de Jerusalém e o apóstolo Paulo, o principal deles, influenciou
a pregação do Evangelho para todos os homens, não apenas para os judeus, como
tinha sido nos primeiros anos após a morte de Jesus.
Por
mais de vinte anos, Paulo viajou e pregou, pelo Mediterrâneo Oriental, até ser
preso em 58 d.C. Como Paulo tinha a cidadania romana, em 60 d.C. pediu para ser
julgado em Roma.
Com a promessa de um mundo melhor, animado
pelas pregações dos apóstolos, a exemplo de Paulo, e por obras de caridade, o
cristianismo começou a se expandir entre diferentes grupos sociais e povos e
regiões ao redor de todo o Mar Mediterrâneo.
Por
que tantas pessoas pobres se convertiam ao cristianismo? Os pobres buscavam na
religião de Jesus a esperança de conseguir o paraíso. Para eles, que formavam a
maioria dos primeiros cristãos, o imperador era o anti-Cristo, e Jesus era a
salvação; a felicidade eterna em outra vida.
A
PERSEGUIÇÃO DOS CRISTÃOS
A
perseguição aos cristãos teve seu começo devido ao grande crescimento do cristianismo
e sua expansão, desta forma as autoridades romanas passaram a persegui-lo. A
perseguição aos cristãos aconteceu por mais de dois séculos e incluiu: a)
execuções públicas e crucificações; b) exposição a feras famintas para serem
devorados; c) destruição de suas igrejas.
Resistindo
à perseguição romana, os cristãos reuniam-se nas catacumbas, galerias
subterrâneas onde oravam e sepultavam seus mortos. Apesar de perseguido pelo
governo romano, o cristianismo (com sua crença na vida pós-morte) continuou
atraindo pobres, remediados, ricos, homens, mulheres e, até mesmo, as
autoridades romanas. E, com a crise do século III, o cristianismo se consolidou
como uma religião com grande número de seguidores por todo o império.
Inicialmente,
os imperadores alarmados intensificaram as perseguições aos cristãos.
Posteriormente, perceberam que era melhor aliarem-se a eles, a fim de conservar
seu poder. Em 313, o imperador Constantino concedeu liberdade de culto aos
cristãos, por meio do Édito de Milão e, antes de morrer, resolveu batizar-se.
A
consagração do cristianismo deu-se no governo de Teodósio, que, em 380,
transformou o cristianismo em religião oficial do Império Romano. Nascido entre
os pobres, o cristianismo passava a ser agora uma das colunas de sustentação do
Estado romano, que passou a ser chamado de Império Romano Cristão.
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