terça-feira, 20 de outubro de 2020

OS MILITARES NO PODER BRASILEIRO (1964 – 1985)

 

EMEF MARECHAL RONDON – HISTÓRIA – PROF. CIRO – 4ª FASE A/B – 4º BIM - 2020

OS MILITARES NO PODER BRASILEIRO (1964 – 1985)

 

Para combater as ameaças comunistas que assolavam o Brasil, os militares com a força do povo e de autoridades constituídas, restabeleceram a ordem e um grupo formado por civis e militares, assumiram o poder, pois, João Goulart, havia deixado vago o cargo de presidente da República, isto ocorreu em 31/03/1964, quando Castelo Branco assumiu. Assim, começa o período em que o Brasil foi comandado pelos militares (1964-1985).

Lembrando que o presidente João Goulart, até para assumir, após renúncia de Jânio Quadro, teve dificuldades e vinha propondo transformações estruturais no âmbito político e social do Brasil, que eram as reformas de base que ofereciam brechas para uma guinada comunista de teor radical.

Os militares no início do novo governo estabeleceram-se na política brasileira em uma ocasião em que o país mergulhava numa de suas piores crises, nos primeiros meses de 1964 e tiveram que estabelecer os chamados Atos Institucionais para terem a possibilidade de governar o país.

No dia 9 de abril foi decretado o Ato Institucional nº 1, dando poderes ao Congresso para eleger o novo presidente. O escolhido foi o general Humberto de Alencar Castelo Branco que governou de 1964 até 1967. Em seu governo foi criado o Cruzeiro e o Banco Nacional de Habitação (BNH) e também ocorreu o rompimento de relações diplomáticas com Cuba e aproximação com os EUA.

Depois assumiu Costa e Silva, governou de 1967 até 31/8/1969 (foi afastado por problemas de saúde). Foi em seu governo que passou a vigorar a Constituição de 1967 e o AI-5; nele também se criou a Embraer e a expansão da indústria pesada. No seu governo ocorreu a visita da rainha Elizabeth II ao Brasil. Quanto ao ato mais duro de Costa e Silva, o AI-5, há historiadores que defendem que ele deveu-se em grande parte às pressões de ações armadas revolucionárias que já estavam em curso no país – como as da AP (Ação Popular, acusada do atentado à bomba no Aeroporto de Guararapes, em 1966).  

Depois, assume Emílio Garrastazu Médici, governou de 30/10/1969 a 15/3/1974. Ele derrotou a Guerrilha do Araguaia e criou o Departamento de Operação de Informação e também criação da Embrapa, e iniciou a construção da Hidrelétrica de Itaipu, tendo acordo com o Paraguai e Argentina.

Na sequencia assume Ernesto Geisel governou de 15/03/1974 a 15/03/1979, foi quem, em 11 de outubro de 1977, criou o nosso estado de Mato Grosso do Sul, também fez a fusão do estado da Guanabara ao Rio de Janeiro. Com Geisel chegou ao fim o AI-5 e, no exterior fez acordos sobre energia nuclear com a Alemanha Ocidental e reatou as relações diplomáticas com a China.

O último presidente militar foi João Baptista Figueiredo, governou de 15/03/1979 a 15/03/1985. Criou o estado de Rondônia, modernizou a agricultura brasileira e fez a reabertura política onde os partidos políticos se reorganizaram.

O primeiro presidente civil após o governo dos militares foi Tancredo Neves, eleito indiretamente em 1985. Todavia, ele morreu antes de assumir o cargo. O viceJosé Sarney, assumiu o posto. As eleições diretas efetivaram-se em 1989 e culminaram na vitória de Fernando Collor de Mello.

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