terça-feira, 20 de dezembro de 2016

ADEUS ANO VELHO, FELIZ ANO NOVO!

            É maravilhoso poder encerrar um ano, tendo a satisfação de vencer uma etapa da vida! 2016 não foi fácil, mas a satisfação do dever cumprido, estando de cabeça erguida e acreditando no ser humano, leva-nos para o novo ano com a certeza que será de realização e de felicidade.
            Estamos no tempo propício à reflexão, balanços, análises e revisões queira Deus que os aspectos positivos superem os negativos, afinal de contas, o fato de estar vivo, com coragem e determinação são ferramentas essenciais para enfrentar o novo ano. Não esqueça: “a vida é como uma batalha onde os fortes lutam e os fracos se acomodam”; nesta batalha, com o ardor do trabalho e com as sutilezas da vida há oportunidade de crescer como ser humano, realizando-se e ajudando outros a se realizar! 
Adeus ano velho, mas antes do adeus, avalie e perceba se cresceu neste período, assim o ano novo será de felicidade, pois saberá tomar decisões sábias, uma vez que a vida não termina em 2016, novos objetivos deverão ser almejados e novos compromissos serão firmados.
Um ano se finda, um círculo em volta do sol se completa, os dias, as semanas, os meses e as estações vieram e já foram e um ano novo está perto de começar com dias, semanas e meses que vão ser vividos. Será que você está preparado para viver o próximo ano que bate à sua porta? Não esqueça que na vida apenas desejos não valem, faz-se necessário planejar e traçar metas para ter resultados. Seremos felizes no próximo ano, caso fizermos coisas diferentes, se repetirmos exatamente os feitos de 2016, teremos os mesmos resultados em 2017.
Que neste novo ano tenhamos a certeza que haverá grandes oportunidades, sucessos, realização e alegrias que dependerão de sua participação e de seu entusiasmo! Lembre-se que a vida é o que desejamos dela! Não é o sucesso que traz o entusiasmo, mas o entusiasmo que traz o sucesso! Viva entusiasmado e olhe sempre para frente e firme em seus propósitos. Busque sua realização, não tenha medo de errar e viva intensamente este novo ciclo que se inicia: 2017 é todo seu!
Obrigado amigos. Desejo a todos votos de um Feliz e Santo Natal e que no ano novo tenhamos poucos desejos, mas muitas e repletas realizações.

Deus abençoe todos! Um abraço do Professor Ciro José Toaldo e de minha família: Marly, Paulo Henrique e Ana Cláudia.
Olá amigos.. dois mil e dezesseis vai embora, logo nos despedimos dele. Chegará dois mil e dezessete e com ele as esperanças se renovam. Faça a diferença neste novo ciclo que se inicia. Crie, busque e não deixe a monotonia tomar conta de sua vida, afinal o mais importante é viver, mas com sabedoria, não esquecendo que somos frutos de nossas escolhas. Desejo que seus sonhos sejam concretizados neste novo ano... Sucesso, paz, saúde, prosperidade e, junto de sua família, seja feliz..

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

LEI 5692/71 - Feita na época da ditadura militar; Universidade estão em confronto c/ poder estabelecido – Reforma do Ensino começou com a do Ensino Superior (Lei 5540/68). A política educacional instituída precisou adaptar o sistema educacional ao atendimento dos interesses da estrutura de poder edificada, propagando seu ideário, reprimindo seus opositores e reestruturando uma tripla função: a reprodução da força de trabalho, a conservação das relações de classes e a eliminação de um dos principais focos de dissenso político.
A lei nº 5692/71 completa o ciclo de reformas educacionais geradas com o intuito de efetuar o ajustamento necessário da educação nacional à ruptura política orquestrada pelo movimento de 64. Com a nuance de efetivar-se em uma conjuntura política caracterizada pelo ápice da ideologia do “Brasil-potência”, no qual o regime militar havia se consolidado, eliminando as resistências mais significativas, e adquirido um discurso magnificente na exaltação do sucesso do seu projeto de manutenção do poder.
Nesse sentido, o enunciado contido no texto de lei não só continha um tom triunfante, como demonstrava a intenção de manutenção do status quo no âmbito educacional, necessário a perpetuação do “bem-sucedido” modelo sócio/econômico.
Dessa forma, foi preciso realizar uma alteração na estrutura e funcionamento do sistema educacional, dando nova roupagem à pretensão liberal contida no texto da Lei nº. 4024/61, assumindo uma tendência tecnicista como referencial para a organização escolar brasileira.
A “nova” orientação dada à educação representava a preocupação com o aprimoramento técnico e o incremento da eficiência e maximização dos resultados e tinha como decorrência a adoção de um ideário que se configurava pela ênfase no aspecto quantitativo, nos meios e técnicas educacionais, na formação profissional e na adaptação do ensino as demandas da produção industrial.
A Lei nº 5692/71 ao propor a universalização do ensino profissionalizante pautada pela relação de complementaridade entre ideologia tecnicista e controle tecnocrático almejou o esvaziamento da dimensão política da educação tratando-a como questão exclusivamente técnica, alcançando, ao mesmo passo, a contenção da prole trabalhadora em níveis inferiores de ensino e sua marginalização como expressão política e reivindicatória.
As principais características da 5692/71:
Mudança na estrutura básica da ed. = 1º Grau c/ 8 anos e o 2º Grau com 3 anos - estrutura única - extensa gama de habilitações profissionais = mercado de trabalho é que vale.
Lei 7044/82 - Os dispositivos de compulsoriedade foram revogados e a profissionalização passou a ser opção da escola e do aluno.
Essa Lei objetiva alinhar o sistema educacional aos interesses do Estado capitalista militar, a fim de adequar a educação à ideologia do “desenvolvimento com segurança”.
A educação estará novamente a serviço dos interesses econômicos que fizeram necessária a sua reformulação. Essa afirmação encontra seu fundamento nos pronunciamentos oficiais, nos planos e leis educacionais e na própria atuação do novo governo militar.
Foi uma lei que visa a profissionalização do então ensino secundário, na tentativa de unificar o antigo ensino primário e médio, eliminando as diferenças entre os ramos secundário – agrícola, industrial, comercial e normal.
Prevê um núcleo comum para o currículo de 1º e 2º graus e uma parte diversificada em função das peculiaridades locais (art. 4). Inclusão da educação moral e cívica, educação física, educação artística, e programas de saúde como matérias obrigatórias do currículo, além do ensino religioso facultativo (art. 7).  Ano letivo de 180 dias (art. 11).
 Ensino de 1° grau obrigatório dos 7 aos 14 anos (art. 20). Educação a distância como possível modalidade do ensino supletivo (art. 25). Formação preferencial do professor para o ensino de 1° grau , da 1 a 4 série, em habilitação específicas do 2° grau (art. 30 e 77). Formação preferencial dos especialistas da educação em curso superior de graduação ou pós graduação (art. 33). Dinheiro público não exclusivo às instituições de ensino públicas (art. 43 e 79).
   Os municípios devem gastar 20% do seu orçamento com educação, não prevê dotação orçamentária para a união ou estados (art. 59). Progressiva substituição do ensino do 2° grau gratuito por sistema de bolsas com restituição (art. 63). Permite o ensino experimental (art. 64).  Pagamento por habilitação (art. 39). 
Que impacto essa Lei teve na Escola Normal? - Uma educação que privilegiava o caráter utilitário do conhecimento, em detrimento de conteúdos considerados dispensáveis porque “teóricos”, de outro lado, esta escolha se deve a hipótese, de ter sido formulada em um contexto sócio-político e econômico diferente, mantendo o caráter tecnicista que marcada por essa legislação.
  Mas por que a Lei nº 5.692/71 foi abolida? - Lei tinha como pretensão fundamental, impedir o acesso ao grande número de alunos egressos do ensino médio ao ensino de terceiro grau. O responsável pelo fracasso da Lei n° 5.692/71 foi constatado pela obrigatoriedade da profissionalização a todos os alunos e a todas as escolas; proporcionando, desta forma, a desativação de redes inteiras de escolas, com o argumento de que todas seriam profissionalizantes, constituindo-se assim uma grande imprudência. Até por que muitos fatores davam à escola um disfarce de profissionalização e está funcionava precariamente.
            A Lei 5692/71 foi impregnada com os princípios de controle e harmonização social atrelados à formação com base no arquétipo empresarial contidos no bojo da política expansionista norte americana do pós-segunda guerra para a América Latina.
Nessa direção, as duas reformas arquitetadas no período tiveram como horizonte o combate aos principais focos de resistência ao regime e o atendimento das exigências do capital nacional associado. Dessa maneira, a Reforma Universitária (Lei nº 5540/68) cumpriu a dupla função de promover o abrandamento da resistência estudantil ao regime e do estabelecimento de uma junção entre produção e formação universitária.

Não obstante, a Reforma do ensino de 1º e 2º (Lei nº 5682/71) graus direcionou suas determinações a contenção do movimento operário e a institucionalização da formação profissionalizante necessária ao incremento da produção ambicionada pela burguesia industrial e ancorada na qualificação mínima dos trabalhadores industriais.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

AS LEIS DE DIRETRIZES E BASE DA EDUCAÇÃO NACIONAL – LDB 
Legislação Educacional – Prof. Me. Ciro Toaldo
    O Brasil em seu processo histórico obteve três LDB - 4024/61, no governo de João Goulart – Jango; a 5692/71, no governo de Médici e a LDB – 9394/96, no governo de FHC. O termo LDB aparece somente na Constituição de 1946, sendo que na Constituição de 1934 é feita menção que a União deve traçar as diretrizes da Educação Nacional e a Reforma de Capanema, mencionava que deveria haver uma Lei Orgânica para a educação. Portanto, a Constituição de 1946 junta os dois conceitos: Bases que são fundamentos e elementos de um corpo – concepção política. Diretriz: normas de procedimentos = Educação Organizada. PRIMEIRA LDB – Lei 4024 de 20/12/1961 – É a primeira LDB do Brasil (primeiro projeto é de out/48) levou 13 anos para ser aprovada; após 15 anos da promulgação da Constituição, surgiu a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional; Disputa da escola: particular x pública - vitória é forças conservadoras/privatistas traz prejuízos na distribuição de recursos públicos e ampliação das oportunidades educacionais. 
    Educação do Brasil passa a ter lineamento estruturado: fins, direito, liberdade, administração, sistema e recursos da Educação; Ensino Primário 4 anos – Ginásio 4 anos e Médio 3 anos; Em 1961, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei 4.024 de 20 de Dezembro de 1961, promulgada por João Goulart estabeleceu um currículo básico para todo o território nacional e manteve a estrutura tradicional de ensino das legislações anteriores. A nova LDB não mudou tanto a escola curricularmente. A sua grande vantagem foi o fato de não ter fixado um currículo rígido para todo o território nacional, em cada nível e ramo do ensino. Essa foi uma abertura necessária, porque possibilitou aos Estados anexarem disciplinas optativas ao currículo mínimo do Conselho Federal de Educação (CFE), de acordo com os recursos materiais e humanos de que dispunham. Em contrapartida, também agravou o regionalismo do país. Outra grande contribuição da Lei 4024 foi a estruturação da educação primária. 
    Até a Lei 4024, a política educacional do país não havia considerado com clareza, ou seja, não havia traçado planos e diretrizes para esse nível de ensino. Principais características: deu mais autonomia aos órgãos estaduais, diminuindo a centralização do poder no MEC (art. 10); regulamenta a existência dos Conselhos Estaduais de Educação e do Conselho Federal de Educação (art. 8 e 9); garantiu o empenho de 12% do orçamento da União e 20% dos municípios com a educação (art. 92); dinheiro público não exclusivo às instituições de ensino públicas (art. 93 e 95); obrigatoriedade de matrícula nos quatro anos do ensino primário (art. 30); formação do professor para o ensino primário no ensino normal de grau ginasial ou colegial (art. 52 e 53); formação do professor para o ensino médio nos cursos de nível superior (art. 59); ano letivo de 180 dias (art. 72); ensino religioso facultativo (art. 97); permite o ensino experimental (art. 104). Lembrando que a Constituição de 1934 dedica um capítulo inteiro ao tema, trazendo à União a responsabilidade de "traçar as diretrizes da educação nacional" (art. 5º) e "fixar o plano nacional de educação, compreensivo do ensino em todos os graus e ramos, comuns e especializados" para "coordenar e fiscalizar a sua execução em todo o território do país" (art. 150º). 
    Através da unidade gerada por um plano nacional de educação e da escolaridade primária obrigatória pretendia-se combater a ausência de unidade política entre as unidades federativas, sem com isso tirar a autonomia dos estados na implantação de seus sistemas de ensino. Ideia defendida pelos educadores liberais, dentre os quais se destacava Anísio Teixeira. Foi com o fim do Estado Novo, que na Constituição de 1946, retomou em linhas gerais o capítulo sobre educação e cultura da Carta de 1934, iniciando-se assim o processo de discussão do que viria a ser a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação. A elaboração da lei foi em cima da disputa e dois grupos: os estadistas ligados aos partidos de esquerda que defendem que a educação tem por finalidade preparar o indivíduo para o bem da sociedade e defendem que só o Estado deve educar. Escolas particulares podem existir, mas como uma concessão do poder público. O outro grupo, denominado de liberalista e ligado aos partidos de centro e de direita, sustentava que a pessoa possui direitos naturais e que não cabe ao Estado garanti-los ou negá-los, mas simplesmente respeitá-los. A educação é um dever da família, que deve escolher dentre uma variedade de opções de escolas particulares. Ao Estado caberia a função de traçar as diretrizes do sistema educacional e garantir, por intermédio de bolsas, o acesso às escolas particulares para as pessoas de famílias de baixa renda. Na disputa, que durou dezesseis anos, as ideias dos liberalistas se impuseram sobre as dos estadistas na maior parte do texto aprovado pelo Congresso. Como está estruturada a LDB: 120 artigos, organizados da seguinte maneira: Título I - Dos Fins da Educação; Título II - Do Direito à Educação; Título III - Da Liberdade do Ensino; Título IV - Da Administração do Ensino; Título V - Dos Sistemas de Ensino; Título VI - Da Educação de Grau Primário - Capítulo I - Da Educação Pré-Primária; Capítulo II - Do Ensino Primário. Título VII - Da Educação de Grau Médio - Capítulo I - Do Ensino Médio - Capítulo II - Do Ensino Secundário - Capítulo III - Do Ensino Técnico - Capítulo IV - Da Formação do Magistério para o Ensino Primário e Médio. Título VIII - Da Orientação Educativa e da Inspeção; Título IX - Da Educação de Grau Superior - Capítulo I - Do Ensino Superior - Capítulo II - Das Universidades; Capítulo III - Dos Estabelecimentos Isolados de Ensino Superior; Título X - Da Educação de Excepcionais; Título XI - Da Assistência Social Escolar; Título XII - Dos Recursos para a Educação e Título XIII - Disposições Gerais e Transitórias. 
    Segundo os estudos do Professor Mestre Wilson Da Silva Santos, nos artigos 6º e 7º, evidencia que o princípio dos direitos familiares torna-se a referência argumentativa para fundamentar a tese da liberdade de ensino, sustentando os interesses das lideranças conservadoras representantes, sobretudo, da Igreja Católica. Fica patente que este substitutivo intenta terminantemente advogar e escudar os apanágios da iniciativa privada, definhando e deteriorando, em contrapartida, a oferta de escola pública e gratuita, que a impossibilitaria, pois, de estar a serviço das camadas populares e, ainda, de concorrer com as instituições particulares de ensino. 
    O anteprojeto de 1959 foi recebido com reação imediata de intelectuais e educadores, culminando com o manifesto dos educadores. Não obstante, apesar desse levante, o texto final da primeira LDB, apresentado no Congresso em dezembro de 1961, manteve praticamente na íntegra o substitutivo Lacerda, representando um certo triunfo do setor privado, garantindo-lhe o direito de ser financiado pelo Estado. A sério, percebe-se, principalmente no período de 1946 e 1961, um grande embate político-ideológico acirrado de um lado por educadores, intelectuais, militantes e sindicalistas, os chamados reformadores, e do outro encabeçado por católicos e a iniciativa privada leiga. Estes entendiam a intervenção do Estado na educação como uma ação nociva, já que o levava ao monopólio, comprometendo a liberdade de ensino e os princípios do ensino católico. Por trás desse posicionamento, encontram-se os interesses da Igreja Católica que estava comprometida com as grandes forças conservadoras aristocráticas, que se preocupavam com a democratização que o país vinha passando. Isto porque, durante muito tempo, a Igreja exercia exclusividade e desfrutava das benesses do Estado em relação ao ensino, e não queria, assim sendo, a perda dos privilégios monopolíticos. 
    Enfim, assevera-se que a LDB/61 nasceu ultrapassada, e que fora tão discutida e que poderia ter modificado substancialmente o sistema educacional brasileiro, iria não entanto, fazer prevalecer a velha situação, agora agravada pela urgência da solução de problemas complexos de educação criados e aprofundados com a distância que se fazia sentir entre o sistema escolar e as necessidades de desenvolvimento.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

ATENÇÃO ALUNOS DO 8º SEMESTRE DE PEDAGOGIA - ESTUDO DA REALIDADE 

Nesta quarta-feira, 31/08, não estarei na Faculdade, pois o Cartório Eleitoral convocou-me para uma reunião, pois sou Presidente de Seção Eleitoral, portanto, não teremos as nossas duas últimas aulas e deixo uma atividade para ser entregue (folha separada) na próxima aula que será dia 14/09, dia 07/09 será feriado. As perguntas tem por base os textos: O Aparelho Ideológico da Comunicação e Os Meios de Comunicação e o Massacre da Cultura:  
1) De que maneira a comunicação constrói a realidade? 
2) Que relação existe entre comunicação e poder?
3) Por quais razões a força dos meios de comunicação estão mais no fato de silenciar do que comunicar?
4) De que maneira os meios de comunicação influenciam na construção do chamado 'Milagre Brasileiro'? 
5) Por que o capital acaba tendo o controle dos meios de comunicação? 
6) Explique, inclusive com um exemplo, como os meios de comunicação massacram a cultura de um povo. 

sexta-feira, 29 de julho de 2016

             RELAÇÕES SOCIAIS E ÉTICAS
8º Semestre  Pedagogia 
            Ética e relações sociais entre o existente e o possível 
Pedrinho Guareschi  

Vivemos uma situação social onde se constata uma lacuna: a dimensão ética está praticamente ausente das decisões políticas, culturais e sociais. Há um vazio ético que ameaça corroer a alma nacional. Os escândalos e as situações constrangedoras em que se vê envolvida grande parte dos responsáveis pela coordenação nacional, obriga os cientistas sociais a se voltarem, urgentemente, para a análise e discussão desses problemas urgentes. O Ser Humano é um sujeito de relações, não como algo pronto, mas como em contínua construção. Ser humano significa, de fato, tornar-se humano, conquistar-se. A subjetividade humana é o resultado de milhões de relações. Recortamos, do universo dos milhares e milhões de relações que estabelecemos, parcelas específicas, diferenciadas e, com isso, construímos nossa subjetividade.
Por isso mesmo, somos singulares, únicos, irrepetíveis, pessoais (pessoa = relação). Somos como que o ancoradouro de milhões de experiências, naus dispersas num imenso universo que um dia aportaram em nosso pequeno porto. E na medida em que tomamos consciência do que fizeram de nós, nos libertamos, pois é a verdade que liberta. E na medida em que somos conscientes e livres, somos responsáveis.
Esse sujeito humano, singular e responsável, é também um sujeito ético, individual e social. Somos sujeitos pessoais, únicos, irrepetíveis e responsáveis por nossos atos; ao mesmo tempo, e no mesmo nível de profundidade, o sujeito pessoal comporta a dimensão social: somos biologicamente sociáveis, seres políticos, feitos para a convivência. Essa a lição de Aristóteles: “Um homem incapaz de integrar-se numa comunidade, ou que seja autossuficiente a ponto de não ter necessidade de fazê-lo, não é parte de uma cidade, por ser um animal selvagem ou um deus”. 
A ética, portanto, é individual e social ao mesmo tempo. Ninguém é ético para si; somos éticos em relação aos outros e em relação à distribuição e posse dos bens materiais. Essa consideração nos leva um passo adiante: qual o centro da ética? É o próprio Aristóteles que nos diz que a justiça é a virtude central da ética, pois ela comanda os atos de todas as virtudes. Esta forma de justiça não é parte da virtude, mas a virtude inteira e seu contrário, a injustiça, também não é uma parte do vício, mas o vício inteiro.  
Ainda: Essa forma de justiça (geral) é, portanto, uma virtude completa e governa nossas relações com os outros; por isso, muitas vezes, a justiça é considerada a virtude mais perfeita. É esse tripé — ser humano, ética, justiça — que está em jogo quando queremos discutir ética e relações sociais: o ser humano como relação e sujeito da ética, a ética como ética das relações e relações sociais que sejam justas (justiça). Esse tripé é, na verdade, inseparável. No momento em que falamos em ser humano, o entendemos como um ser humano resultado de milhões de relações. Esse ser humano é sempre pessoal e socialmente ético. 
Quando falamos de ética, falamos de ética de relações, pois é somente às relações (conosco, com os outros seres humanos, com a natureza) que se pode aplicar o adjetivo ético; um ser humano é ético por que as relações que ele estabelece são éticas. Não existe, é incompreensível o puro indivíduo, isolado e separado de tudo. 
Nós nos fazemos e nos constituímos através de relações, e a essas relações se atribui especificamente o adjetivo ético. Alguém é ético ou antiético se age bem ou mal em relação a algo ou a alguém.
O passo mais difícil, e mais obscurecido e negado é a ligação entre ética e justiça. Há um elo necessário, inseparável, entre essas duas realidades. Começa pelo fato de que justiça é uma relação. Ninguém é justo sozinho. Somos justos quando estabelecemos e quando passam a existir relações justas, igualitárias, entre dois seres. A ideia de que existe alguém que pode ser justo sozinho é uma fantasia do individualismo, fundamentada na ideologização liberal de um ser humano separado de todo o resto, absoluto (que para Aristóteles é ou um animal, ou um deus).
A justiça tem a ver, pois, com relações. Justiça é um princípio fundador, fundamentado em duas premissas: 1. Cada pessoa deve ter direito ao sistema total mais amplo de liberdades iguais básicas compatível com um sistema similar de liberdade para todos. 2. As desigualdades sociais e econômicas devem ser estruturadas de tal modo que sejam, ao mesmo tempo, para o máximo proveito dos menos favorecidos, nos limites de um justo princípio de poupança, e ligadas a cargos e posições acessíveis a todos, sob condições de uma justa igualdade de oportunidade. O primeiro é o princípio da liberdade; o segundo é o da diferença.
É importante distinguir a diferença entre Ética e Moral. Em psicologia são ciências afins. Mas, é possível distingue seis estágios de desenvolvimento moral, dentro de três níveis: 
1. No nível pré-condicional, a criança é primariamente influenciada pelas consequências do que ela faz. Há dois graus: a criança obedece porque os adultos são poderosos e podem castigar os que se comportam mal (primeiro estágio), ou a criança tenta obter satisfação de necessidades de tal modo que ela consiga recompensas (segundo estágio). 
2. No nível convencional, uma criança mais crescida torna-se consciente e interessada no que esperam dela e tenta comportar-se de maneira tal que possa ir ao encontro dessas expectativas. Temos aqui mais dois estágios: há um desejo de ser um bom menino ou menina, de modo que os outros possam aprovar nossa conduta (terceiro estágio), e há o desenvolvimento da noção de se cumprir com a obrigação, respeitar a autoridade e preservar a ordem social, pois tais coisas são tidas como certas e corretas (quarto estágio). 
3. No nível pós-convencional, à medida que a pessoa amadurece, orienta-se para valores morais abstratos e para o que ela pessoalmente achar correto. Os dois últimos estágios são: a pessoa começa a pensar sobre os direitos dos outros, o bem comum e as leis adotadas pela maioria (quinto estágio), e os padrões de justiça escolhidos pela pessoa e sua própria consciência têm mais influência no seu comportamento do que as regras e leis existentes na sociedade (sexto estágio).
Como se vê na análise desses três níveis, o desenvolvimento moral começa com um egocentrismo fechado (anomia), passando por uma identificação ético-psicológica com a sociedade, aceitando-se acriticamente os critérios éticos estabelecidos (heteronomia e socionomia), até chegar a uma motivação ética baseada nos princípios de justiça que permitem julgar a própria sociedade (autonomia).  
Nesse desenvolvimento podemos visualizar a passagem de um comportamento moral, para um comportamento ético. A moral se coloca principalmente na heteronomia e socionomia, onde os determinantes são ainda externos.
A regra básica da justiça é a igualdade distributiva: tratar cada homem de modo igual. A justiça permanece, pois, como sendo o centro de toda fundamentação ética. A justiça se entende, pois, desde os que sofrem injustiça, pois sendo a justiça uma relação que tem a ver com igualdade, respeito, direitos iguais etc. é normalmente e naturalmente a partir dos que estão privados e faltantes desses bens e direitos que se pode começar a pensar em restabelecimento dessas lacunas.
Seria + justo dizer que o princípio de justiça implica a perspectiva dos que estão em desvantagem. A justiça pertence à esfera ética enquanto princípio de opção, mas também à esfera metaética enquanto implica um ‘para onde’ de uma cosmovisão. Há uma distinção entre ética e moral, ou moralidade. Moral, ou moralidade, indicam o sistema ou a ordem estabelecidos no poder. Já ético, ou eticidade, se referem à ordem futura, à transformação das estruturas vigentes, e à libertação de toda estrutura de injustiça. Nesse sentido, o moral, isto é, a ordem estabelecida, muitas vezes não é ético, e vice-versa. Haveria algum critério que nos pudesse orientar num sentido de termos mais garantia e segurança de que na realidade estamos no caminho da ética, e não apenas reproduzindo uma moralidade existente na sociedade?
No Documento “Exigências Éticas da Ordem Democrática” da CNBB, há uma afirmação que pode colaborar na tentativa de responder a esta questão: A existência de milhões de empobrecidos é a negação radical da ordem democrática. A situação em que vivem os pobres é critério para medir a bondade, a justiça, a moralidade, enfim, a efetivação da ordem democrática. Os pobres são juízes da vida democrática de uma nação. 
Se concordarmos que democracia signifique algo moral e ético, na medida em que esses pobres sejam os juízes da verdadeira democracia, serão também os juízes da ordem ética. A existência de pobres negaria a ética. 
Os excluídos seriam os juízes da existência ou suas presenças seria a negação de relações sociais éticas na vida sociopolítica e econômica de uma sociedade.
  
O ENTUSIASMO EM SEU VIVER!  Professor Me. Ciro José Toaldo  
  
Deixando de lado a questão política, mas torcendo e acompanhando com atenção o governo interino, sem abandonar a vigilância para com os corruptos, pretendo com este artigo, demonstrar que a vida é cheia de oportunidade, a partir do momento que estamos abertos aos ensinamentos do cotidiano para viver com entusiasmo!  
Participei de um velório, era um senhor muito humilde e era casado com uma conhecidíssima senhora de nossa cidade. Diante daquele cadáver, refleti a respeito dos valores da existência e o sentido da luta diária. Estas indagações acompanharam meus pensamentos por dias e, para minha  surpresa, num evento de nossa comunidade encontrei a viúva, com seu mesmo ritmo, como sempre fazia com seu companheiro: vendendo sua pipoca em seu pequeno carrinho!   
Estimados leitores, devemos aprender com os ensinamentos da vida, principalmente com os humildes que não desanimam diante de obstáculos. Na verdade, uma pipoqueira pode ensinar o que é realmente o otimismo do viver, sem abalo pelos percalços diários! Estamos inseridos num contexto que nos leva a perder o encanto da simplicidade da existência e, quando somos tentados a viver como escravos do dinheiro, além de se perder o sentido da existência, não se consegue reagir frente às dificuldades, esquecendo do entusiasmo que é o estado de exaltação do espírito que transmite energia positiva e faz superar a negatividade.     
Quando estudei com os Padres Capuchinhos no Seminário Santa Maria, aprendi, entre tantos ensinamentos, que a vida ganha sentido quando lutamos e conseguimos ser fortes, superando as barreiras que surgem na estrada da vida e quando se aprende com os erros dos outros, não fazendo fofoca ou promovendo maledicência. A vida é curta e não podemos perder tempo com a vida alheia; encontrar um meio para viver com sentido, tendo entusiasmo, sem a preocupação de amontoar riqueza é ingrediente que oportuniza o sentido da existência!   
Convivemos com inúmeras criaturas gananciosas e ávidas pelo dinheiro. Quantas famílias destruídas pela falta de diálogo, por individualismo e pela vontade de obter riqueza, imaginando que esta irá trazer a felicidade. Estas pobres e infelizes criaturas, além de perderem a oportunidade de viver com entusiasmo e de aproveitar cada dia para ser feliz e ajudar quem esta a sua volta, torna o mundo triste, uma vez que sua energia negativa que se espalha pelo universo. Como deve ser melancólica a vida destes pobres coitados ao perderem a oportunidade de percorrer seu caminho e deixando suas marcas positivas por onde passam. Estas apáticas e desoladas pessoas, altamente egoístas, por não descobrirem sua vocação deixam de fazer o que dá prazer e tornam-se peso por ande passam.  
Para viver com entusiasmo é preciso se afastar deste tipo criatura, pois pensam apenas em sua ambição. Se você deseja o entusiasmo, busque valorizar as coisas simples da vida, siga sua intuição, não viva de aparência e ouse sonhar grande; pense positivamente; seja humilde; saia de seu pequeno mundo e ajude seu próximo; ouça mais e fala menos; sinta-se útil; não viva de qualquer modo; cuide de sua aparência; não reclame; permita-se ter momentos de relaxamento e descontração; siga uma religião e veja ao seu redor as maravilhas do Criador que demonstram a grandeza do entusiasmo.    
Viver é dom maravilhoso, mas uma vida com entusiasmo é magnífica, mesmo com situação desfavorável há uma chama de vigor, vinda de seu íntimo que passa a ser remédio para todos os males.   
Acredite no poder do entusiasmo e mude de vida! 

MEU AMIGO DORVALINO!

                                                             AO MEU AMIGO DORVALINO! Professor Me. Ciro José Toaldo                 Na...