terça-feira, 18 de agosto de 2020

A QUARTA REPÚBLICA DO BRASIL (1945 - 1964)


 

Vargas no caixão, após cometer suicídio em 24/08/1954 - "Saio da vida para 
ficar na História". 

    HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO  

QUARTA República Brasileira – (1945 -1964)

 Para vocês lembrarem: O Brasil tem três períodos: colônia, império e república. Estamos estudando a respeito da república. A Primeira foi a da Espada (1889-1894),  a segunda foi de 1894 até 1930 (chamada de República Velha) a terceira foi de 1930 até 1945 (Era Vargas) e a quarta vamos estudar agora. A Quarta República Brasileira foi um período de 1945 até 1964, marcado por grandes crises políticas, por um grande salto nos índices de desenvolvimento econômico e industrial do Brasil, houve uma rápida urbanização, mas as desigualdades também aumentaram, foram 21 anos que durou este período. Os presidentes deste período foram: Eurico Gastar Dutra (1946/51), Getúlio Vargas (1951/54), Café Filho (1954-1955), Carlos Luz (1955), Nereu Ramos (1955-56), Juscelino Kubitschek (1956-1961), Jânio Quadros (1961), Ranieri Mazzilli (1961) e João Goulart (1961-1964).

Política e a Constituição de 1946

Durante este período da política brasileira, formaram-se os novos partidos políticos, sendo os três (03), os maiores e também mais atuantes, partidos ao longo do período da Quarta República, foram eles: União Democrática Nacional (UDN): era um partido conservador, contrário a Getúlio Vargas e ao comunismo, seu grande representante foi Carlos Lacerda. Partido Social Democrático (PSD): foi criado por Vargas  durante o período do Estado Novo (Era Vargas – 1937-45), grande nome foi Juscelino Kubitschek.

Partido Trabalhista Brasileiro (PTB): foi criado pelo próprio Vargas para se aproximar dos trabalhadores e implantar medidas defendidas pela esquerda. Os grandes nomes foram Getúlio Vargas e João Goulart.

Além disso, a 4ª República era dirigida pela Constituição de 1946, promulgada Eurico Gaspar Dutra, trouxe algumas para a democracia para o Brasil, mas não permitiu o voto de analfabetos (só conquistaram esse direito na Constituição de 1988), e os trabalhadores rurais continuaram excluídos das conquistas trabalhistas que haviam trazido melhorias para a condição dos trabalhadores urbanos.

Principais acontecimentos de cada governo

*Eurico Gaspar Dutra – o destaque do seu governo foi sua política externa, onde o Brasil alinhou-se aos Estados Unidos  no contexto da Guerra Fria, os partidos de esquerda, como Partido Comunista Brasileiro foi colocado na  ilegalidade em 1947.

*Getúlio Vargas, em 1950, retorna ao cargo de presidente do Brasil, mas pelo voto (democracia), mas teve grande crise política, pois a oposição (UDN) colocou-se contra o projeto político-econômico de Vargas que levou a ter a volta da inflação e com isto ter a perca de sua popularidade. A crise tornou-se insustentável, principalmente após a nomeação de João Goulart para o Ministério do Trabalho. Carlos Lacerda (UDN) sofreu um atentado, com morte de seu guarda-costas, um major da Aeronáutica. A crise que se desdobrou disso levou Vargas ao isolamento, até que, no dia 24 de agosto de 1954, cometeu suicídio.

* Com o suicídio de Vargas, o Brasil, em 17 meses, teve três presidentes, sendo eles: café Filho, Carlos Luz e Nereu Ramos.  

* Juscelino Kubitschek (PSD/PTB), foi eleito presidente do Brasil com margem apertada sobre o candidato da UDN, Juarez Távora. No governo de Juscelino (JK) impôs um projeto intenso de modernização econômica e industrialização do Brasil. Conhecido como Plano de Metas, o projeto de JK defendia a priorização dos investimentos em algumas áreas da economia brasileira. Investiu na malha rodoviária do Brasil e ampliou a capacidade energética do país.

Também investiu na infraestrutura, trouxe indústrias estrangeiras ao país (gerou empregos). Construiu a nova capital do Brasil, a cidade de Brasília (inaugurada em 1960), mas os altos gastos de JK contribuíram para o endividamento do Brasil e para o crescimento da inflação. Outro ponto extremamente negativo foram os baixos investimentos realizados na área da educação e da produção de alimentos, o que criou graves problemas que estouraram na década de 1960.

* Jânio Quadros, era da UDN, venceu as eleições de 1960, com discurso moralista, afirmando que limparia a política brasileira da imoralidade, mas seu foi repleto de medidas desastradas. Sua postura na presidência criou atritos com o Congresso e com a própria UDN.

As medidas econômicas de Jânio levaram ao aumento no custo de vida. Mas quando abriu caminho para negociações diplomáticas com o bloco soviético, ocorreu  o desagrado dos seus aliados conservadores. Jânio, isolado, renunciou à presidência ainda em 1961.

* A sucessão presidencial foi caótica, uma vez que o exército não aceitava a posse de Jango (João Goulart), acusando-o de ser um comunista. O Brasil esteve às vias de uma guerra civil quando uma alternativa política foi adotada: Jango assumiu a presidência em um regime parlamentarista.

O parlamentarismo durou pouco tempo e, em janeiro de 1963, Jango obteve seus plenos poderes presidenciais. A partir daí, propôs a realização de mudanças estruturais no país, conhecidas como Reformas de Base, uma deles era a questão da Reforma Agrária. A UDN passou conspirar um golpe contra o Goulart que acabou tendo apoio do próprio PSD. Começaram a correr greves por todos os lados do país. Jango chegou ao final de 1963, politicamente isolado e com a situação econômica do país em descontrole. O PIB registrou 1% de crescimento e a inflação alcançou 78%. O empresariado não acreditava na capacidade do governo conter o descontrole financeiro, enquanto o aumento dos preços e o desabastecimento de mercadorias castigavam os trabalhadores.

Jango assistiu de longe sua própria derrubada, não esboçou reação e fugiu para o Uruguai, abandonando o cargo da presidência da República do Brasil, não tinha mais como continuar no poder. Em 31/03/1964, as Forças Armadas, atendendo ao clamor do povo, inicia em Juiz de Fora (MG), o movimento que culminou com o início do período em que os militares assumem o comando do governo federal do Brasil.

OBS. Este texto tem parte dele extraída da internet, parte dele é de Daniel Neves Silva, mas existem muitas complementações que são de minha autoria (Professor Me. Ciro Toaldo). 

 

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

HISTÓRIA ROMANA - O IMPÉRIO

 


A HISTÓRIA ROMANA – O IMPÉRIO[1]

Lembrando que a História de Roma Antiga é dividia em três partes: a primeira que foi a Monarquia, depois a República e a última que é esta que vamos estudar que se chama Império. A diferença básica entre o governo da República e do Império é que na República o órgão máximo era o Senado, formado por 300 membros vitalícios (que ficavam no poder por toda a vida), já no Império, o Senado perde o poder para os Imperadores que passam a governar sem o aval do Senado.

Otávio Augusto e seus soldados venceram as forças de Marco Antônio, pondo fim à República, e, em 27 a.C., estabeleceram um novo regime político: o Império.

Na condição de imperador, Otávio Augusto podia agora propor e rejeitar leis, convocar o senado e as assembleias e intervir militarmente em Roma, na Itália, e em todas as províncias romanas. Aproveitando-se disso, ele promoveu uma série de reformas importantes:
definiu os limites do Império Romano e enviou tropas para proteger suas fronteiras;
distribuiu terras aos seus soldados e trigo à plebe;

confiou a administração de algumas províncias aos senadores, enquanto manteve outras, como o Egito (importante fornecedor de trigo a Roma), sob sua responsabilidade;

modernizou a cidade de Roma que, na época, tinha cerca de 1 milhão de
habitantes e passou a ter um prefeito, um corpo de bombeiros e monumentos que glorificavam o governo.

Com essas reformas de Otávio Augusto, o Império conheceu um longo período de estabilidade, denominado Pax Romana, que durou mais de duzentos anos. Durante esse período, as cidades do Império ganharam estradas, teatros, aquedutos, termas, fontes e as fronteiras foram fortificadas. E, sob o imperador Trajano, em 117 d.C. que o Império Romano tem sua máxima extensão.

Afinal, o que era o Império Romano?

Na época de sua máxima extensão, o Império Romano tinha 60 milhões de habitantes e abrangia terras em três continentes: Europa, África e Ásia. No imenso território do Império – de uma ponta a outra do Mediterrâneo – havia uma grande diversidade étnica e religiosa.

Além dessa variedade, havia também grande diversidade de origens e de grupos sociais: italianos, estrangeiros, livres, escravos e libertos habitavam as cidades do Império Romano.

Segundo o historiador Norberto Guarinello, o Império Romano era fruto da aliança entre o Imperador e as elites das cidades imperiais. Nas cidades do Império, o poder romano exercia sua autoridade decidia pela paz ou pela guerra e, cobrava impostos. Mas o Império Romano não era somente um sistema político, era também uma identidade romana que todos os seus habitantes podiam assumir.

Um elemento dessa identidade divulgado em todo o mundo romano era o culto ao imperador e à sua família. Além disso, por séculos muitos imperadores mortos foram transformados em divindades com a autorização do Senado.

O Império Romano era também o império de uma língua – o latim – e de uma literatura – a latina. A história de Roma e de seus feitos tornou-se um modelo a ser seguido; por isso, devia ser ensinada também nas escolas das cidades de todo o Império.

Além disso, criou-se uma literatura latina, que tinha entre seus expoentes o poeta Virgílio (viveu de 70 a.C. até 19 a.C). Na escola, as elites das  províncias romanas aprendiam a escrever latim, a ler Virgílio, a cultuar o imperador e a construir habitações à moda romana.                As principais bases de sustentação do Império eram sua aliança com as elites provinciais e a força de um exército organizado e profissional, com cerca de 300 mil homens. O apoio das elites provinciais garantia a ordem pública e a cobrança de impostos. O exército protegia suas fronteiras

A relativa estabilidade política vivida pelo Império Romanos nos dois primeiros séculos da nossa era favoreceu o crescimento da economia e a expansão do comércio romano, pois os romanos tinham bons portos na orla do Mar Mediterrâneo, além de uma rede de estradas bem construídas e uso de uma moeda única em todo o Império (o denário) também ajudaram nessa expansão comercial.  



[1] Texto do livro de Alfredo Boulos, História Sociedade & Cidadania, vol. 6. FTD, São Paulo, 2018 (páginas 168/172).

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

NACIONALISMO AFRICANO E ASIÁTICO

                                      NACIONALISMO AFRICANO E ASIÁTICO

Após estudarmos a respeito da Guerra Fria e a Questão Palestina, com a criação do Estado de Israel, iremos ver a situação de dois continentes: África e Ásia que foram explorados pelos europeus que usaram de violência, confisco de terras, trabalho forçado, cobrança de impostos abusivos e o racismo que oprimia os africanos e asiáticos em sua própria terra. Nos trinta anos que se seguiram ao final da Segunda Guerra (1945), a imensa maioria dos povos daqueles continentes conquistou sua independência.

            Razões que motivaram a independência dos povos africanos e asiáticos: a) a luta dos próprios africanos e dos asiáticos pela independência de seus países; b) o enfraquecimento das potências colonialistas europeias devido às perdas sofridas durante a Segunda Guerra. No imediato pós-guerra, os europeus passaram a canalizar seus esforços para a reconstrução de seus países. Isso facilitou a ação da resistência africana e asiática ao colonialismo europeu; c) a força de movimentos como o pan-africanismo e a negritude.

O pan-africanismo foi um movimento surgido na América Central e Estados Unidos no início do século XX, para transformar a situação dos africanos e libertá-los da pobreza e opressão. Mas a noção de raça dos líderes do pan-africanismo não era a mesma dos europeus: para eles, raça era um fator capaz de unir os diversos povos negros da África na luta contra os dominadores. O líder deste movimento foi o jamaicano Marcus Garvey (1887-1940) que afirmou ser a África, berço de grandes civilizações, era uma “pátria livre”, pronta para receber seus filhos.

A negritude foi movimento do final dos anos 1930 que alimentou as independências africanas, um de seus líderes foi Leopold Senghor, 1º presidente do Senegal (1960-1980). Defendia a valorização das culturas negras e rejeitava a dominação colonialista.

As lutas pela independência da África e da Ásia também contaram com a solidariedade dos países recém-libertos. Na Conferência de Bandung, realizada na cidade de Bandung, na Indonésia, em 1955, 29 países independentes se autodenominaram Terceiro Mundo, declararam-se não alinhados, ou seja, neutros na Guerra Fria entre EUA e URSS, e prometeram apoiar as independências na África e na Ásia.

ÁSIA - Na Ásia foi muito forte o movimento de independência da Índia que era uma colônia da Inglaterra, desde o século XIX. No início do século XX, a resistência indiana à dominação britânica passou a contar com a liderança de Gandhi (1869-1948). Para enfrentar a dominação inglesa, Gandhi propôs a resistência pacífica, baseada na não violência e na desobediência civil. Ou seja, os indianos eram incentivados a não usar e nem comprar produtos ingleses, a desobedecer às leis que os discriminavam dentro da própria Índia e a não pagar impostos como, por exemplo, o imposto sobre o sal.  

Nos anos 1930, o movimento de resistência pacífica alcançou grande popularidade e reconhecimento internacional. Gandhi fez greve de fome para unir hindus e muçulmanos (24% da população na Índia), em torno da luta pela independência. Pressionado pela resistência indiana e abalado pela crise decorrente das perdas sofridas com a Segunda Guerra, o governo inglês aceitou negociar
a independência com os indianos. Mas optou pela divisão da Índia em dois países: República da Índia, de maioria hindu; República do Paquistão, oriental e ocidental, de maioria muçulmana. Em 1971, o Paquistão Oriental constituiu um país separado, de nome Bangladesh.

ÁFRICA - Em 1945, poucos países eram independentes deste continente.

Congo – era um território 80 vezes maior que Bélgica, ficava no coração da
África,  era propriedade do rei belga Leopoldo II (1865- 1909); depois foi  administrado pela Bélgica. Rico em cobre, zinco, manganês, urânio e diamante, atraiu poderosas companhias como a Unilever que explorava as riquezas em troca de baixos salários. Não havia liberdade. Em 1956 criou-se o Movimento Nacional Congolês (MNC), liderado por Patrice Lumumba para ter a independência. Pressionados, os belgas se retiraram, em 30/06/1960, o Congo tornou-se independente; o primeiro chefe de governo foi Lumumba, não uniu o Congo, em 1961 Joseph-Desiré Mobutu, assume o poder.

Angola, Moçambique e Guiné-Bissau - Na África de domínio português, a vida dos africanos era marcada por exploração. Em 1930, angolanos pressionaram o governo português por melhores condições de trabalho e obtiveram a promessa de ter salários e respeito aos seus costumes. Em Lisboa (Portugal), em 1951, universitários vindos da África, como Amílcar Cabral (Guiné-Bissau), Agostinho Neto (Angola) e Noémia de Sousa (Moçambique) usam da poesia como arma de combate ao colonialismo. Muitos deles continuaram na luta pela libertação de seus países. Em Angola foi criado o MPLA (Movimento Popular para a Libertação de Angola), liderado por Agostinho Neto (1922-1979), a Frelimo (Frente para a Libertação de Moçambique), dirigida mais tarde por Samora Machel (1933-1986).

Em 1974, em Portugal ocorre a Revolução dos Cravos, Soldados com apoio da população derrubaram a ditadura salazarista que estava com o poder por 42 anos. Vitorioso, o novo governo adotou o lema: “Democracia em nosso país, descolonização na África”. Foi onde se reconheceu as independências africanas: Moçambique (1974) e Angola (1975) sob a presidência de Agostinho Neto.

A luta contra apartheid na África do Sul -  Em alguns países africanos independentes, os nativos lutaram contra a opressão de regimes segregacionistas como na África do Sul. No começo do século XX, a África do Sul, país rico em recursos minerais, era habitada por povos negros, mas comandados por minoria branca.  Em 1948 foi oficializado apartheid: regime segregacionista, separando negros e brancos. Em 1964, foi preso Nelson Mandela, condenado à prisão perpétua. Em 1976, milhares de estudantes negros pediam o fim apartheid. Em 1990, Nelson Mandela foi liberto da prisão; em 1994, ocorreram as primeiras eleições com a participação dos negros e este foi eleito presidente da República que aprovou a Lei de Direitos sobre a Terra, que restituiu às famílias negras as terras que lhes tinham sido usurpadas. (Fonte: Boulos, 2018 - p.164-173)

REPÚBLICA ROMANA (CONTINUAÇÃO) E INÍCIO IMPÉRIO


HISTÓRIA ROMANA – REPÚBLICA (CONTINUAÇÃO) E INÍCIO DO IMPÉRIO

 

As lutas sociais – Os plebeus eram maioria em Roma, pagavam impostos e serviam o exército, mas não podiam exercer nenhum cargo importante no governo romano. O casamento entre plebeus e patrícios era proibido; os plebeus eram forçados a ir para a guerra, deixavam suas pequenas propriedades e, com isso, se endividavam; quando não conseguiam pagar suas dívidas, perdiam a terra e eram escravizados. Mas os plebeus, dispostos a lutar por igualdade de direitos, promoveram várias revoltas. A tática que usavam era se retirar de Roma e ameaçar não mais participar do exército romano; como era a maioria dos trabalhadores e dos soldados, os patrícios tinham que ceder. Assim, aos poucos, os plebeus foram conquistando mais direitos, até conquistar:

*Tribuno da Plebe (494 a.C.) –  direito de eleger um tribuno da plebe que podia anular leis contrárias a eles;

*Lei das Doze Tábuas (450 a.C.) – 1ª leis escritas da história de Roma, assim os patrícios tinham que cumprir; *Leis Licínias-Séxtias (397 a.C.) – uma delas determinava que um dos cônsul tinha de ser plebeu a outra cancelava parte da divida que os plebeus tinham com os patrícios.

Expansão Romana - Após dominar toda a península itálica, os romanos passaram a disputar a liderança com outra potência daquela época: Cartago (colônia fenícia do norte da África que muito forte com o comércio marítimo). Com um exército bem preparado e muitos recursos, disputaram pelo controle do comércio no Mediterrâneo ocidental, dando origem a três guerras entre Roma e Cartago, as Guerras Púnicas, assim chamadas porque os romanos denominavam os fenícios de púnicos. Foram guerras que se desenrolaram entre 264 e 146 a.C. e os romanos venceram os cartagineses, liderados pelo general Aníbal. Esta vitória foi muito importante, pois garantiu a supremacia romana no Mar Mediterrâneo. Os romanos passaram a chamar o Mediterrâneo de Mare Nostrum (Nosso Mar). Após dominar Cartago, Roma ampliou suas conquistas, dominando a Grécia, o Egito, a Macedônia, a Gália, a Germânia, a Trácia, a Síria e a Palestina.

 Com as conquistas, a vida e a estrutura de Roma passaram por significativas mudanças:  

* ocorreu o enriquecimento do Estado Romano; * fortalecimento de um novo grupo social, o dos cavaleiros; *aumento do escravismo e a concentração das terras conquistadas nas mãos de poucos.

Espártaco: a resistência à escravidão – Durante a expansão romana pelo Mediterrâneo, ocorreram várias revoltas de escravos nos domínios romanos; a maior delas foi em Cápua, no sul da Península Itálica, e foi liderada por Espártaco. Este foi captura do no norte da Grécia e se transformou em um gladiador (escravo ou prisioneiro que lutava contra homens ou feras nos anfiteatros romanos). Espártaco liderou a maior rebelião do mundo antigo. Com 10 mil combatentes venceram diversas vezes os romanos, mas em 71 a.C., foi vencido pelo exército romano. Espártaco e 6 mil seguidores foram presos, crucificados e expostos ao longo da via Ápia (ligava Roma a Cápua). Espártaco lutava pela liberdade e não contra Roma.

A luta pela terra – As terras de Roma concentravam na mãos de poucos e o numero de pobres nas cidades e campos aumentava muito. Diante disto, em 313 a.C., o tribuno da plebe, Tibério Graco, propôs a reforma agrária (medidas para tornar a posse e o uso da terra acessível ao maior número de pessoas ou famílias). Houve apoio total pelos camponeses, mas os ricos não aceitaram, o tumulto foi grande e Tibério foi assassinado. Em 123 a.C., Caio Graco foi eleito tribuno da plebe e deu continuidade a reforma iniciada por seu irmão Tibério. Mas, Caio também acabou vendo que seria morto em uma cilada, pediu que um escravo o matasse.

Mas, Caio também acabou vendo que seria morto em uma cilada, pediu que um escravo o matasse.

Júlio César contra o Senado - Aproveitando-se de sua popularidade, Júlio César, juntou-se aos generais Pompeu e Crasso e formou com eles o Primeiro Triunvirato. Um acordo entre três generais pelo qual um se comprometia a ajudar o outro para controlar o poder em Roma. Com a morte de Crasso, Pompeu e César disputam o poder, César vence, toma o poder de Roma e promove reformas que o tornam mais popular, como a doação de terras a milhares de ex-soldados e plebeus empobrecidos. Os senadores acusaram césar de trair a República Romana e desejar a volta da Monarquia e, com base nisso, o assassinaram em 44 a. C.

Otávio e o Império – Com a morte de Júlio César formou-se o Segundo Triunvirato com os generais Otávio, Marco Antônio e Lépido. A disputa pelo poder opôs as tropas de Otávio às de Marco Antônio e Cleópatra, rainha do Egito. A vitória coube a Otávio que recebeu o título de Príncipe e o de Augusto (venerado) e o de Imperador (comandante supremo do exército), fato que aconteceu em 27 a.C., com isso teve início o Império.

O império romano passou a ser muito mais comercial do que agrário. Povos conquistados foram escravizados ou passaram a pagar impostos para o império. As províncias (regiões controladas por Roma) renderam grandes recursos para Roma. A capital do Império Romano enriqueceu e a vida dos romanos mudou.


2025 VAI NOS DEIXAR!

  2025 VAI NOS DEIXAR! Professor Me. Ciro José Toaldo             Apesar do adeus que devemos dar ao ano que se encerra, quero fazer um ...

As mais vistas