ESCOLA MUNICIPAL MARECHAL RONDON
HISTÓRIA – PROF. Me. CIRO TOALDO EJA – 3º FASE A/B –
3º BIMESTRE 2020 (TEXTO
PARA AULA DO DIA 18/8 E 25/08)
ALUNO (A) _____________________________________________________________
A HISTÓRIA ROMANA – O IMPÉRIO[1]
Lembrando que a História de Roma Antiga é dividia em
três partes: a primeira que foi a Monarquia, depois a República e a última que
é esta que vamos estudar que se chama Império. A diferença básica entre o governo
da República e do Império é que na República o órgão máximo era o Senado,
formado por 300 membros vitalícios (que ficavam no poder por toda a vida), já
no Império, o Senado perde o poder para os Imperadores que passam a governar sem
o aval do Senado.
Otávio Augusto e seus soldados venceram as forças de
Marco Antônio, pondo fim à República, e, em 27
a.C., estabeleceram um novo regime político: o Império.
Na condição de imperador, Otávio Augusto podia agora
propor e rejeitar leis, convocar o senado e as
assembleias e intervir militarmente em Roma, na Itália, e em todas as
províncias romanas. Aproveitando-se disso, ele promoveu uma série de reformas
importantes:
• definiu
os limites do Império Romano e enviou tropas para proteger suas fronteiras;
• distribuiu
terras aos seus soldados e trigo à plebe;
• confiou
a administração de algumas províncias aos senadores, enquanto manteve
outras, como o Egito (importante fornecedor de trigo a Roma), sob sua
responsabilidade;
• modernizou
a cidade de Roma que, na época, tinha cerca de 1 milhão de
habitantes e
passou a ter um prefeito, um corpo de bombeiros e monumentos que glorificavam o
governo.
Com essas reformas de Otávio Augusto, o Império conheceu um
longo período de estabilidade, denominado Pax Romana, que durou mais de
duzentos anos. Durante esse período, as cidades do Império ganharam estradas,
teatros, aquedutos, termas, fontes e as fronteiras foram fortificadas. E, sob o
imperador Trajano, em 117 d.C. que o Império Romano tem sua máxima extensão.
Afinal, o que era o Império
Romano?
Na época de sua máxima extensão, o
Império Romano tinha 60 milhões de habitantes
e abrangia terras em três continentes: Europa, África e Ásia. No imenso
território
do Império – de uma ponta a outra do Mediterrâneo – havia uma grande
diversidade
étnica e religiosa.
Além dessa variedade, havia também
grande diversidade de origens e de grupos sociais: italianos, estrangeiros,
livres, escravos e libertos habitavam as
cidades do Império Romano.
Segundo o historiador Norberto
Guarinello, o Império Romano era fruto da aliança entre o Imperador e as elites
das cidades imperiais. Nas cidades do Império, o poder romano exercia sua
autoridade decidia pela paz ou pela guerra e, cobrava impostos. Mas o Império Romano
não era somente um sistema político, era também uma identidade romana que todos
os seus habitantes podiam assumir.
Um elemento dessa identidade
divulgado em todo o mundo romano era o culto ao imperador e à sua família. Além
disso, por séculos muitos imperadores mortos foram transformados em divindades
com a autorização do Senado.
O Império Romano era também o império de uma língua – o latim –
e de uma literatura – a latina. A história de Roma e de seus feitos tornou-se
um modelo a ser seguido; por isso, devia ser ensinada também nas escolas das
cidades de todo o Império.
Além disso, criou-se uma literatura latina, que tinha entre seus expoentes o poeta Virgílio (viveu de 70 a.C. até 19 a.C). Na escola, as elites das províncias romanas aprendiam a escrever latim, a ler Virgílio, a cultuar o imperador e a construir habitações à moda romana. As principais bases de sustentação do Império eram sua aliança com as elites provinciais e a força de um exército organizado e profissional, com cerca de 300 mil homens. O apoio das elites provinciais garantia a ordem pública e a cobrança de impostos. O exército protegia suas fronteiras
A relativa estabilidade política vivida pelo Império Romanos nos dois primeiros séculos da nossa era favoreceu o crescimento da economia e a expansão do comércio romano, pois os romanos tinham bons portos na orla do Mar Mediterrâneo, além de uma rede de estradas bem construídas e uso de uma moeda única em todo o Império (o denário) também ajudaram nessa expansão comercial.
[1] Texto do livro de Alfredo
Boulos, História Sociedade & Cidadania, vol. 6. FTD, São Paulo, 2018
(páginas 168/172).
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