ESCOLA MUNICIPAL MARECHAL RONDON – HISTÓRIA – PROF. Me. CIRO
TOALDO
EJA – 3º FASE A/B – 3º BIMESTRE 2020 (TEXTO PARA AULA DO DIA 04/8 E 11/08)
ALUNO (A)
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CONTINUAÇÃO SOBRE A HISTÓRIA ROMANA –
REPÚBLICA (CONTINUAÇÃO) E INÍCIO DO IMPÉRIO
As lutas sociais – Os plebeus eram maioria em Roma,
pagavam impostos e serviam o exército, mas não podiam exercer nenhum cargo
importante no governo romano. O casamento entre plebeus e patrícios era
proibido; os plebeus eram forçados a ir para a guerra, deixavam suas pequenas
propriedades e, com isso, se endividavam; quando não conseguiam pagar suas
dívidas, perdiam a terra e eram escravizados. Mas os plebeus, dispostos a lutar
por igualdade de direitos, promoveram várias revoltas. A tática que usavam era
se retirar de Roma e ameaçar não mais participar do exército romano; como era a
maioria dos trabalhadores e dos soldados, os patrícios tinham que ceder. Assim,
aos poucos, os plebeus foram conquistando mais direitos, até conquistar:
*Tribuno da Plebe (494 a.C.) – direito de eleger um tribuno da plebe que
podia anular leis contrárias a eles;
*Lei das Doze Tábuas (450 a.C.) – 1ª leis escritas da
história de Roma, assim os patrícios tinham que cumprir; *Leis Licínias-Séxtias
(397 a.C.) – uma delas determinava que um dos cônsul tinha de ser plebeu a
outra cancelava parte da divida que os plebeus tinham com os patrícios.
Expansão Romana - Após dominar toda a península
itálica, os romanos passaram a disputar a liderança com outra potência daquela
época: Cartago (colônia fenícia do norte da África que muito forte com o
comércio marítimo). Com um exército bem preparado e muitos recursos, disputaram
pelo controle do comércio no Mediterrâneo ocidental, dando origem a três
guerras entre Roma e Cartago, as Guerras Púnicas, assim chamadas porque os
romanos denominavam os fenícios de púnicos. Foram guerras que se desenrolaram
entre 264 e 146 a.C. e os romanos venceram os cartagineses, liderados pelo
general Aníbal. Esta vitória foi muito importante, pois garantiu a
supremacia romana no Mar Mediterrâneo. Os romanos passaram a chamar o
Mediterrâneo de Mare Nostrum (Nosso Mar). Após
dominar Cartago, Roma ampliou suas conquistas, dominando a Grécia,
o Egito, a Macedônia, a Gália, a Germânia, a Trácia, a Síria e a
Palestina.
Com as conquistas, a vida e a estrutura de Roma passaram
por significativas mudanças:
* ocorreu o enriquecimento do Estado Romano; * fortalecimento
de um novo grupo social, o dos cavaleiros; *aumento do escravismo e a
concentração das terras conquistadas nas mãos de poucos.
Espártaco: a resistência à escravidão – Durante
a expansão romana pelo Mediterrâneo, ocorreram várias revoltas de escravos nos
domínios romanos; a maior delas foi em Cápua, no sul da Península Itálica, e
foi liderada por Espártaco. Este foi captura do no norte da Grécia e se
transformou em um gladiador (escravo ou prisioneiro que lutava contra homens ou
feras nos anfiteatros romanos). Espártaco liderou a maior rebelião do mundo
antigo. Com 10 mil combatentes venceram diversas vezes os romanos, mas em 71
a.C., foi vencido pelo exército romano. Espártaco e 6 mil seguidores foram
presos, crucificados e expostos ao longo da via Ápia (ligava Roma a Cápua).
Espártaco lutava pela liberdade e não contra Roma.
A luta pela terra – As terras de Roma concentravam na
mãos de poucos e o numero de pobres nas cidades e campos aumentava muito.
Diante disto, em 313 a.C., o tribuno da plebe, Tibério Graco, propôs a reforma
agrária (medidas para tornar a posse e o uso da terra acessível ao maior número
de pessoas ou famílias). Houve apoio total pelos camponeses, mas os ricos não
aceitaram, o tumulto foi grande e Tibério foi assassinado. Em 123 a.C., Caio
Graco foi eleito tribuno da plebe e deu continuidade a reforma iniciada por seu
irmão Tibério. Mas, Caio também acabou vendo que seria morto em uma cilada,
pediu que um escravo o matasse.
Mas, Caio também acabou vendo que seria morto em uma cilada,
pediu que um escravo o matasse.
Júlio César contra o Senado - Aproveitando-se de sua popularidade,
Júlio César, juntou-se aos generais Pompeu e Crasso e formou com eles o Primeiro Triunvirato. Um acordo entre
três generais pelo qual um se comprometia a ajudar o outro para controlar o
poder em Roma. Com a morte de Crasso, Pompeu e César disputam o poder, César
vence, toma o poder de Roma e promove reformas que o tornam mais popular, como
a doação de terras a milhares de ex-soldados e plebeus empobrecidos. Os
senadores acusaram césar de trair a República Romana e desejar a volta da Monarquia
e, com base nisso, o assassinaram em 44 a. C.
Otávio e o Império – Com a morte de Júlio César formou-se o Segundo Triunvirato com os generais
Otávio, Marco Antônio e Lépido. A disputa pelo poder opôs as tropas de Otávio
às de Marco Antônio e Cleópatra, rainha do Egito. A vitória coube a Otávio que
recebeu o título de Príncipe e o de Augusto (venerado) e o de Imperador
(comandante supremo do exército), fato que aconteceu em 27 a.C., com isso teve
início o Império.
O império romano passou a ser muito mais comercial do que
agrário. Povos conquistados foram escravizados ou passaram a pagar impostos
para o império. As províncias (regiões controladas por Roma) renderam grandes
recursos para Roma. A capital do Império Romano enriqueceu e a vida dos romanos
mudou.
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