segunda-feira, 3 de agosto de 2020

REPÚBLICA ROMANA (CONTINUAÇÃO) E INÍCIO IMPÉRIO - 3FASE EJA Marechal Rondon Prof Ciro Toaldo Histótis

ESCOLA MUNICIPAL MARECHAL RONDON – HISTÓRIA – PROF. Me. CIRO TOALDO

EJA – 3º FASE A/B – 3º BIMESTRE 2020   (TEXTO PARA AULA DO DIA 04/8 E 11/08)

ALUNO (A) __________________________________________________________________

 

CONTINUAÇÃO SOBRE A HISTÓRIA ROMANA – REPÚBLICA (CONTINUAÇÃO) E INÍCIO DO IMPÉRIO

 

As lutas sociais – Os plebeus eram maioria em Roma, pagavam impostos e serviam o exército, mas não podiam exercer nenhum cargo importante no governo romano. O casamento entre plebeus e patrícios era proibido; os plebeus eram forçados a ir para a guerra, deixavam suas pequenas propriedades e, com isso, se endividavam; quando não conseguiam pagar suas dívidas, perdiam a terra e eram escravizados. Mas os plebeus, dispostos a lutar por igualdade de direitos, promoveram várias revoltas. A tática que usavam era se retirar de Roma e ameaçar não mais participar do exército romano; como era a maioria dos trabalhadores e dos soldados, os patrícios tinham que ceder. Assim, aos poucos, os plebeus foram conquistando mais direitos, até conquistar:

*Tribuno da Plebe (494 a.C.) –  direito de eleger um tribuno da plebe que podia anular leis contrárias a eles;

*Lei das Doze Tábuas (450 a.C.) – 1ª leis escritas da história de Roma, assim os patrícios tinham que cumprir; *Leis Licínias-Séxtias (397 a.C.) – uma delas determinava que um dos cônsul tinha de ser plebeu a outra cancelava parte da divida que os plebeus tinham com os patrícios.

Expansão Romana - Após dominar toda a península itálica, os romanos passaram a disputar a liderança com outra potência daquela época: Cartago (colônia fenícia do norte da África que muito forte com o comércio marítimo). Com um exército bem preparado e muitos recursos, disputaram pelo controle do comércio no Mediterrâneo ocidental, dando origem a três guerras entre Roma e Cartago, as Guerras Púnicas, assim chamadas porque os romanos denominavam os fenícios de púnicos. Foram guerras que se desenrolaram entre 264 e 146 a.C. e os romanos venceram os cartagineses, liderados pelo general Aníbal. Esta vitória foi muito importante, pois garantiu a supremacia romana no Mar Mediterrâneo. Os romanos passaram a chamar o Mediterrâneo de Mare Nostrum (Nosso Mar). Após dominar Cartago, Roma ampliou suas conquistas, dominando a Grécia, o Egito, a Macedônia, a Gália, a Germânia, a Trácia, a Síria e a Palestina.

 Com as conquistas, a vida e a estrutura de Roma passaram por significativas mudanças:  

* ocorreu o enriquecimento do Estado Romano; * fortalecimento de um novo grupo social, o dos cavaleiros; *aumento do escravismo e a concentração das terras conquistadas nas mãos de poucos.

Espártaco: a resistência à escravidão – Durante a expansão romana pelo Mediterrâneo, ocorreram várias revoltas de escravos nos domínios romanos; a maior delas foi em Cápua, no sul da Península Itálica, e foi liderada por Espártaco. Este foi captura do no norte da Grécia e se transformou em um gladiador (escravo ou prisioneiro que lutava contra homens ou feras nos anfiteatros romanos). Espártaco liderou a maior rebelião do mundo antigo. Com 10 mil combatentes venceram diversas vezes os romanos, mas em 71 a.C., foi vencido pelo exército romano. Espártaco e 6 mil seguidores foram presos, crucificados e expostos ao longo da via Ápia (ligava Roma a Cápua). Espártaco lutava pela liberdade e não contra Roma.

A luta pela terra – As terras de Roma concentravam na mãos de poucos e o numero de pobres nas cidades e campos aumentava muito. Diante disto, em 313 a.C., o tribuno da plebe, Tibério Graco, propôs a reforma agrária (medidas para tornar a posse e o uso da terra acessível ao maior número de pessoas ou famílias). Houve apoio total pelos camponeses, mas os ricos não aceitaram, o tumulto foi grande e Tibério foi assassinado. Em 123 a.C., Caio Graco foi eleito tribuno da plebe e deu continuidade a reforma iniciada por seu irmão Tibério. Mas, Caio também acabou vendo que seria morto em uma cilada, pediu que um escravo o matasse.

Mas, Caio também acabou vendo que seria morto em uma cilada, pediu que um escravo o matasse.

Júlio César contra o Senado - Aproveitando-se de sua popularidade, Júlio César, juntou-se aos generais Pompeu e Crasso e formou com eles o Primeiro Triunvirato. Um acordo entre três generais pelo qual um se comprometia a ajudar o outro para controlar o poder em Roma. Com a morte de Crasso, Pompeu e César disputam o poder, César vence, toma o poder de Roma e promove reformas que o tornam mais popular, como a doação de terras a milhares de ex-soldados e plebeus empobrecidos. Os senadores acusaram césar de trair a República Romana e desejar a volta da Monarquia e, com base nisso, o assassinaram em 44 a. C.

Otávio e o Império – Com a morte de Júlio César formou-se o Segundo Triunvirato com os generais Otávio, Marco Antônio e Lépido. A disputa pelo poder opôs as tropas de Otávio às de Marco Antônio e Cleópatra, rainha do Egito. A vitória coube a Otávio que recebeu o título de Príncipe e o de Augusto (venerado) e o de Imperador (comandante supremo do exército), fato que aconteceu em 27 a.C., com isso teve início o Império.

O império romano passou a ser muito mais comercial do que agrário. Povos conquistados foram escravizados ou passaram a pagar impostos para o império. As províncias (regiões controladas por Roma) renderam grandes recursos para Roma. A capital do Império Romano enriqueceu e a vida dos romanos mudou.


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